terça-feira, 3 de setembro de 2013

COMUNICADO!

Pessoal, gostaria de comunicar que o blog da nossa Sociedade Musical Nova Aurora voltará a ser atualizado. A partir de agora, eu, Daniel, vou gerenciar o Blog. Em breve, estará tudo atualizado por aqui. Conto com a colaboração dos membros da banda (Gatão, vc principalmente) para dar sugestões sobre o que postar.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

* HISTÓRIA DA SOCIEDADE MUSICAL NOVA AURORA

Fundada em 08 de Junho de 1873, a Sociedade Musical Nova Aurora - pioneira em Macaé - iniciava a construção de um prédio onde pudessem ser realizados seus ensaios e reuniões. Em 1889, foi lançada a pedra fundamental da Sede e , no mesmo ano, foi iniciada a construção. Foram responsáveis pela obra o Eng. Joaquim Saldanha Marinho Filho, Antônio Maurício Liberalli e o construtor Sancho Baptista Pereira. O prédio foi constituído de apenas um pavimento com características ecléticas. Marcado pelo ecletismo arquitetônico e ainda hoje funcionando como sede da Sociedade Musical Nova Aurora, o edifício fica no fundo de um terreno cuja entrada é pela Av. Rui Barbosa (a mais movimentada do Centro de Macaé). Uma mureta e grades de ferro cercam-no, bem como a um jardim de onde sobressai a escultura de uma mulher aguadeira.
Em dezembro de 1882, em decorrência de uma crise social, alguns dos nossos diretores (Joaquim Rosa, José Cyriaco, Luiz Quaresma e outros), deixaram a ainda jovem Nova Aurora e partiram para fundar a Sociedade Beneficente Lyra dos Conspiradores. Hoje, com a nossa co-irmã, trilhamos o mesmo caminho e vivemos os mesmos sacrifícios em prol da sobrevivência das bandas de música de Macaé.
Entre os vultos a quem devemos em nossa história estão Bento Martins da Costa, Luiz Reid, João Germino, Lafayete Dias, Álvaro Bastos, Waldir Azevedo e muitos outros.
SOb a regência de Benedito Passos (Maestro Tinho), a Nova Aurora foi a bi-campeã do nosso Estado, e, em nível Nacional, no programa apresentado para todo o país, pela Rede Globo, ela ultrapassou os limites de Macaé para se tornar a banda de música do Rio de Janeiro.
A Sociedade Musical Nova Aurora atualmente é presidida pela Sra. Maria Ignez do Patrocínio, e a Banda tem a regência do jovem maestro Hélio Rodrigues que foi o principal responsável pela modernização da Banda de Música. Hoje a banda constituída por quarenta músicos é denominada "Banda Sinfônica da Sociedade Musical Nova Aurora". A Banda Sinfônica já se apresentou em várias cidades do Estado, inclusive na tradicional Sala Cecília Meireles e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, além de fazer concertos nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.



Os Presidentes através dos tempos

Em relação que está incompleta, em virtude da falta de dados em alguns anos do século passado, segue-se a nominativa de todos aqueles a quem coube, durante estes cem anos, presidir a nossa Nova Aurora.

1873 - Manoel Guedes Junior
1883 - Mergelino José Regueira
1886 - Antonio Pinto Neves
1888 - Manoel Pereira de Souza
1891 - Ignácio Teixeira da Cunha Lousada
1892 e 1984 - Romeu Caio Hespanha
1902 - Bento Affonso da Silva
1903. 1905, 1909 - Seraphim José Ferreira Borges
1904 - Francisco Augusto de Figueiredo
1906, 1908, 1912, 1915 - Bento Martins da Costa
1907 - Alfredo Soares
1910, 1911 - Manoel Hoche Ximenes
1913 - Euclydes da Cunha
1913 - Antonio Fernandes de Carvalho
1914, 1916 - Leoncio Moreira de Souza
1917 - Euclydes Armando da Silva
1918 - Bento Costa Junior
1918 - Rito Pereira de Souza
1920 - Benício Coelho
1921 - João da Silva Campos
1922 - Agenor Lima
1922 - Eduardo da Costa Motta
1923 - Torquato José Pereira
1924 - Antonio Alves Ferreira
1925 - Augusto Coupey
1926, 1927, 1930 - Aristoteles Pinto da Cunha
1928 - Cleveland Souza Lima
1931, 1932, 1935, 1944 e de 1946 à 1953 - Lafayette Antonio Dias
1933 - Afrânio Barreto
1934 - Anthero Jardim Gonçalves
1936 - Waldemar Freire Pinheiro
1937, 1938 - Francisco Joaquim Fernandes
1939 - Arlindo Costa Jardim
1940 - Zacharias Ferreira de Moraes
1941 - Genésio Marinho Guimarães
1942, 1943 - Benvindo Falles Brandão
1945 - Alvaro Coutinho de Barcellos
1954, 1955, 1956 - Vanir Pacheco
1957 - Edmundo Caetano da Silva
1958 - Joaquim Alves do Amaral Filho
1959 - Laudecy Gil Dias
1960 - Paulino Borges
1961 - Antonio Otto de Souza
1962, 1963, 1971, 1972 e 1973 - Chistovam Barcellos
1964 - Othon Machado Portugal
1965, 1967, 1968 - José Bandeira da Rocha
1966 - Ernando Machado gavinho
1967 - Júlio Bittencourt Junior
1967 - Manoel Julio Freire
1969, 1970 - João Nunes

A atual presidenta é: Maria Ignêz patrocínio




















X



















Nova Aurora
x Lyra dos Conspiradores

Em 1873, fomos nós que nascemos. Para, cultuando e cultivando a música, seremos úteis à cidade que nos foi bêrço. Nove anos e meio depois, em pleno mês de festa de Natal, uma grave crise social em nosso meio resultou numa dissensão. Muitos dos nossos, entre os quais Joaquim Rosa, José Cyriaco, Alfredo Amaral, Luiz Quaresma, Cândido Coutinho, Firmino Torres e J. Almeida Torres Tibagy deixaram a ainda jovem Nova Aurora e foram fundar nova entidade. Sociedade Musical Beneficente Lyra dos Conspiradores. Exatamente no dia de Natal de 1882, no prédio número 10 da Rua do Sacramento, a mesma rua que a sedia até hoje, 127 anos já passado. As mágoas, as queixas, as mal-queranças, separam a Azul e Branco da Alvi-Rubra, em seus primeiros anos. Separaram os homens que a dirigiam, em separação que o antagonismo político da época, violento, sangrento mesmo, ainda mais bifurcou. Acesas em sua luta que transcedia o abstrato de luta para atingir o concreto de briga, quando caminhos seus cruzavam-se, Nova Aurora e Lira só ficavam unidas numa coisa. No amor à Música, santa única de sua devoção separada. Mas o tempo foi passando. Feridas cicatrizaram. Brigas deixaram de existir. Mal-querença foi substituída por mútuo respeito e que os mais renitentes não nos ouçam, mútua admiração. Afinal, trilhamos o mesmo caminho. Afinal, vivemos o mesmo sacrifício. Afinal, somos soldados a serviço do mesmo amor. E rivalidade? Bem, essa há. Saudável, estimulante, sustentáculos forte de nossa sobrevivência. Por isso, à nossa antiga filha, hoje nossa irmã bem estimada, o convite para que venha soprar conosco as velas que daqui a nove anos desejamos ajudar a apagar lá na Rua do Sacramento. Com carinho, com respeito, com admiração.
Aquele Abraço.



Que a Paz reine nos corações dessas Sagradas Bandas.
Sociedade Musical Nova Aurora & Sociedade Beneficente Lyra dos Conspiradores

Banda da Sociedade Musical Nova Aurora


A Banda Musical em 1955, Maestro Roberto Alves da Cunha.

Tendo à frente o aplaudido Regente Benedito Passos, a Banda Nova Aurora participou brilhantemente das solenidades alusivas aos 150 anos da independência do Brasil.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vídeo



Exultate - Samuel Hazo



Aquarela - Toquinho e Vinícius de Moraes



Procession to Peace - TODA, Akira




Maria, maria - Milton Nascimento - Arranged by Dico





The Merry Widow Selections - Franz Lehar





Eigths Flashback "80 - Arranged by Paul Murtha





John Wlliams in Concert - Paul Lavander





Beatles Symphonic - Arranged by John Cacavas






Centuria - james swearingen

sexta-feira, 21 de maio de 2010

* HISTÓRIA DOS MÚSICOS DA NOVA AURORA

Zé Rangel

José Arimatéia Leandro Rangel, nosso amigo Zé Rangel, é compositor, instrumentista, macaense dos mais autênticos, brasileiro dos mais originais, porém antes de tudo, músico. Nascido em 26 de abril de 1968 em uma família de pai ferroviário, foi criado sabedor da batalha que permeia a vida de muitos nessa terra.
Sua mãe deu a própria vida para que seu rebento viesse ao mundo e ele nunca pestanejou na hora de seguir rumos, expandir fronteiras e ampliar horizontes.
Aos 7 anos, levado pelo pai, seu Roque Rangel, começa a freqüentar os ensaios da centenária Sociedade Musical Nova Aurora e logo sente a necessidade de estar tocando também ali no meio da banda. Ali nascia uma paixão: tocar um instrumento. Alegria do pai ver o filho abraçando o universo da música. Na família nasceram músicos há várias gerações, entre eles o trompetista Adolfo Leandro que atuou na Banda do Batalhão de Guardas do Exército.
A música sempre caminhou ao seu lado como um hobby. Mas o que ele, nem sua família se davam conta era que a semente estava germinando em solo muito fértil. Solo este que serviu de adubo para a genialidade de Viriatos, Anacletos, Pixinguinhas, Cartolas e tantos outros gênios da raça que por estas paragens deixaram a lembrança de sabores tão ímpares impregnados em nossas almas.
Aos dezenove anos entra para o Exército Brasileiro. Até ai tudo parecia caminhar para uma carreira de músico militar, como seu velho tio, mas é enviado para uma companhia de engenharia onde não havia banda. Passa então a traçar um caminho diferente do que parecia estar reservado para ele.
Ao dar baixa do quartel emprega-se como bancário, mas não deixa a música de lado. Sempre praticando, sente a necessidade de absorver mais conhecimentos musicais. Assim chega até ao renomado pianista Lucas Vieira, com quem estuda teoria musical.
Em 1990 recebe grande estímulo do flautista Paulinho Lima para se dedicar exclusivamente à música. Então sai em busca de aulas dedicadas ao seu instrumento, o clarinete, e chega até Dulcilando Pereira, o " Maestro Macaé", que lhe indica o grande mestre José Botelho, então primeiro clarinetista da Orquestra Brasileira e que lecionava na extinta Escola Brasileira de Música no Rio de Janeiro. Aí sim, com um grande mentor ao lado passa a dominar com grande desenvoltura seu instrumento, chegando a ter bolsa de estudo oferecida pela escola para garantir sua presença às salas de aula. Estudou, na mesma escola, teoria com o Maestro Nelson Macedo.
Em dezembro de 1992, ao conceber um arranjo para a música "Ingênuo", de pixinguinha, acaba compondo um choro que foi o trampolim inicial para a série de composições que surgiriam posteriormente.
Por volta de outubro de 1999, já com um número expressivo de composições em diversos estilos, reúne um grupo de instrumentistas com os quais vivenciava sua música. Nascia ali a idéia do seu primeiro CD, com músicas de sua autoria e totalmente independente. Em abril de 2000 finaliza o seu CD intitulado "Violeta Blues", dedicado a sua amiga Violeta Pereira e ao seu pai Roque Rangel. A partir desta data realiza shows pela "Sociedade Musical Macaense" e pelo projeto "Sentrinho", entidade voltada para crianças excepcionais, com grande êxito de público e crítica.
Posteriormente desenvolve trabalho com os mais diversos músicos e gêneros.
Sem nunca desvirtuar de seus propósitos, continua compondo com toda sensibilidade que a vida lhe deu, buscando a excelência em tudo o que faz.

Escritor: Ruben Pereira

Composições:

- Amanhecer
- Amigo Copo
- As Águas
- Cantei
- Chorando em Macaé
- Choro Nordestino
- Choro pra Fred
- Entardecer
- Esperança
- Giuliana
- Ilha de santana
- Jazz da Nêga
- Jazz pra Daniele
- Lá na Casa de Lu
- Mary
- Maxixe em Cuba
- Nair
- Pau de Arara
- Pé na Restinga
- Praia do Pecado
- Quinta no Baixo Backer
- Roque no Jazz
- Samba Improvisado
- Sem Razão
- Violeta Blues



Dulcilando Pereira - MACAÉ

DULCILANDO PEREIRA. Um dos maiores saxofonistas brasileiros da atualidade. Filho de Licinio Pereira e Maria da Penha Pereira, nasceu em 28 de fevereiro de 1938. Sua Banda de Coração sempre foi a Sociedade Musical Nova Aurora, onde pode aprimorar seus estudos de Saxofone.

MACAÉ, nome artístico de Dulcilando Pereira. Saxofonista, arranjador, pesquisador e professor, é autor de cerca de quatrocentos arranjos do repertório musical e sinfônico da Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Na música popular, considerado um dos maiores músicos brasileiro em seu instrumento, o sax-tenor, destacou-se como intérprete e arranjador em grandes formações orquestrais, como a Orquestra Tabajara e Banda Veneno, liderada por Erlon Chaves, a do Maestro Cipó e a Rio Jazz Orchestra, além de ter participado de inúmeras e importantes gravações. No campo da pesquisa, criou o Laboratório de Sons Musicais, experiência que permite a extração de variados timbres de instrumentos de sopro, em efeitos sonoros idênticos aos sons de corda de uma Orquestra Sinfônica.

Dulcilando Pereira teve participações em alguns desses discos:

ADRIANO GIFFONI - 1991

(LP/1991), (CD/1992)


ANA CAROLINA - 1999

(CD/1999)


APOLÔNIO BRASIL, CAMPEÃO DA ALEGRIA

(CD/2003)


ARY BARROSO 90 ANOS

(LP/1992)


BEBADOSAMBA

(LP/1996), (CD/1996)

Paulinho da Viola


ENGUICO

(LP/1990), (CD/1990)

Adriana Calcanhotto


LIMITE DAS ÁGUAS

(LP/1976), (CD/1994)

Edu Lobo


MINHA SAUDADE

(CD/1995)

Lisa Ono


PELA SAUDADE QUE ME INVADE - UM TRIBUTO A DALVA DE OLIVEIRA

(CD/1997)

Angela Maria


PRISMA LUMINOSO

(LP/1983), (CD/1987)

Paulinho da Viola


ROBERTO CARLOS - 1993

(CD/1993)

Roberto Carlos


SOL NEGRO

(CD/1997)

Virgínia Rodrigues


TROMBONE DO BRASIL

(CD/1998)

Roberto Marques


VÍCIO

(LP/1983)

Simon








Benedito Lacerda


No dia 14 de março de 1903 nascia em Macaé, numa pequenina casa da Rua São João, o menino Benedicto. Filho de D. Maria Lousada, mãe solteira (coisa que pra época era uma afronta). Imagina a luta dessa mulher pra ter seu filho no seio de uma sociedade tão preconceituosa. Pois ela venceu. Teve seu filho e o batizou em homenagem a São Benedicto, detentor de uma Irmandade muito atuante na Igreja São João Batista em Macaé, que muito a ajudou e que por sinal ficava na rua onde Benedicto nasceu.

As dificuldades, que já eram imensas pra D. Maria Lousada e o menino Benedicto foram se agravando a ponto dela ter que se mudar pra Capital Federal em busca de mais oportunidades de trabalho.
O Rio de Janeiro tinha se "civilizado" conforme palavras de um célebre jornalista da época, o macaense Figueiredo Pimentel. O Prefeito Pereira Passos remodelava a cidade e as noticias que chegavam eram de muitas oportunidades pra trabalhar, ainda mais em casa de família como doméstica, lavadeira... Que eram as ambições de D. Maria.
Em Macaé morando na Rua São João o menino Benedicto descobriu a música ouvindo ao longe os ensaios constantes da Sociedade Musical Nova Aurora.

A Banda participava de muitos eventos da cidade e Benedicto desde pequenino enchia seus olhos ao ver a banda passar tocando belos Dobrados, Hinos e Polcas. Essa memória fez com que Benedicto muitos anos depois já famoso ao visitar Macaé deixar escrito no livro de atas da Nova Aurora: "A minha Nova Aurora querida, inspiradora direta de minha arte deixo aqui meu coração pro resto da vida".

O fogo da Música já tinha tomado o menino Benedicto quando ele chegou com sua mãe na Capital Federal, Rio de janeiro. Os filhos de Benedicto contam que o pai sempre teve muito vivo na memória os tempos de criança em Macaé, na rua São João, na beira do Rio Macaé, na Imbetiba e mais ainda se lembrava das retretas que ouvira com as Bandas de Macaé na praça, Lyra dos Conspiradores e, especialmente, a Nova Aurora, Banda pela qual nutria especial paixão.